Gastos com Saúde por Pessoa: Quais Países Lideram o Ranking Mundial?

Os Estados Unidos lideram o ranking mundial de gastos com saúde por pessoa, com um valor que ultrapassa significativamente os dez mil dólares. Países europeus como Chéquia, França e Alemanha também figuram entre os primeiros, demonstrando um alto investimento no setor de saúde. Esta análise revela uma grande disparidade nos investimentos em saúde entre as nações desenvolvidas e os países em desenvolvimento. O Brasil, por exemplo, aparece na 84ª posição, com um gasto per capita consideravelmente menor em comparação com os líderes do ranking.

Gastos anuais com saúde per capita por país
Ranking de gastos anuais com saúde per capita por país em 2022. Os Estados Unidos estão em primeiro lugar com US$ 10.705, seguidos pela República Tcheca (US$ 9.132) e pela França (US$ 9.075).

O gasto com saúde por pessoa, ou despesa de saúde per capita, é um indicador que mede o total de gastos com saúde de um país (públicos e privados) dividido pelo número de habitantes. Essa métrica é usada para comparar os níveis de investimento em saúde entre diferentes países e ao longo do tempo. Ela reflete a prioridade que uma nação atribui ao bem-estar de seus cidadãos e à infraestrutura de seu sistema de saúde.

O Panorama Global dos Gastos com Saúde

A alocação de recursos para a saúde varia drasticamente em todo o mundo, refletindo diferentes prioridades econômicas, estruturas de sistemas de saúde e níveis de desenvolvimento. No topo da lista encontram-se nações desenvolvidas, principalmente da América do Norte e Europa, que destinam uma parcela substancial de sua riqueza para os cuidados de saúde por cidadão. Os Estados Unidos se destacam com um gasto por pessoa superior a dez mil dólares, um valor que evidencia a complexidade e o alto custo de seu sistema de saúde, que combina elementos públicos e privados. Em contrapartida, muitos países da África e do Sul da Ásia figuram na parte inferior da lista, com investimentos que representam apenas uma pequena fração dos valores vistos nos países mais ricos. Essa disparidade não apenas sublinha a desigualdade econômica global, mas também aponta para desafios significativos no acesso a cuidados básicos de saúde para uma grande parte da população mundial.

Fatores que Impulsionam os Altos Custos em Países Desenvolvidos

Diversos fatores contribuem para os elevados gastos com saúde nas economias mais avançadas. A incorporação de tecnologias médicas de ponta, como equipamentos de diagnóstico por imagem e terapias inovadoras, representa um custo significativo. Além disso, os altos custos farmacêuticos, associados à pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, e a remuneração elevada de profissionais de saúde especializados também pesam no orçamento. O envelhecimento da população é outro fator crucial, uma vez que indivíduos mais velhos tendem a necessitar de cuidados médicos mais frequentes e complexos. Estruturas administrativas complexas, especialmente em sistemas com múltiplos pagadores, como nos Estados Unidos, podem gerar custos operacionais elevados, que são repassados para o gasto total. Esses elementos, combinados, criam um ambiente de custos crescentes que desafia a sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde, mesmo nos países mais ricos.

O Contraste com Economias Emergentes como o Brasil

O cenário para economias emergentes, como o Brasil, é marcadamente diferente. Posicionado na 84ª posição, o Brasil investe por pessoa um valor substancialmente menor do que os líderes do ranking. Embora o país possua um sistema de saúde universal, o Sistema Único de Saúde (SUS), que é um dos maiores do mundo, ele enfrenta desafios crônicos de subfinanciamento. Os recursos limitados precisam ser distribuídos por uma população de mais de 200 milhões de habitantes, resultando em desigualdades regionais no acesso e na qualidade dos serviços. Enquanto os centros urbanos podem ter infraestrutura médica mais robusta, áreas rurais e remotas frequentemente carecem de recursos básicos. O baixo investimento por pessoa reflete as dificuldades em equilibrar as demandas de saúde com outras prioridades orçamentárias, impactando diretamente a capacidade do sistema de oferecer atendimento oportuno e de alta qualidade para todos.

A Relação Entre Gasto e Resultados de Saúde

É importante notar que um maior gasto com saúde não se traduz automaticamente em melhores resultados. A eficiência do sistema é um componente vital. Países com gastos elevados, como os Estados Unidos, muitas vezes não lideram em indicadores de saúde como expectativa de vida ou mortalidade infantil quando comparados a outras nações desenvolvidas que gastam menos, mas de forma mais eficiente. Países com sistemas de saúde bem estruturados, com forte ênfase em atenção primária e medicina preventiva, conseguem obter excelentes resultados com um custo por pessoa mais baixo. Isso sugere que a forma como os recursos são alocados — priorizando prevenção, acesso equitativo e gestão eficiente — é tão importante quanto o montante total investido. A análise global dos gastos revela que a busca por um sistema de saúde eficaz e sustentável é um desafio universal, exigindo um equilíbrio cuidadoso entre investimento, inovação e organização.

Gastos com Saúde por Pessoa

Os Estados Unidos lideram o ranking mundial de gastos com saúde por pessoa, com um valor que ultrapassa significativamente os dez mil dólares.

Change Chart

    Pontos principais

    Liderança e Disparidade Global

    • Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, com um gasto per capita que excede significativamente o de outras nações.
    • Existe uma enorme lacuna entre os gastos dos países mais ricos e dos mais pobres, evidenciando a desigualdade global no acesso à saúde.
    • Nações africanas e asiáticas tendem a ocupar as posições mais baixas, com investimentos mínimos por cidadão.

    Concentração Europeia no Topo

    • Vários países europeus, como Chéquia, França e Alemanha, estão entre os que mais gastam com saúde por pessoa.
    • Isso reflete a forte tradição de sistemas de saúde universais e de bem-estar social na região.
    • O alto investimento está associado a populações envelhecidas e à adoção de tecnologias médicas avançadas.

    Posição das Economias Emergentes

    • Países como o Brasil se encontram em uma posição intermediária-baixa, com gastos muito inferiores aos das nações desenvolvidas.
    • Apesar de possuírem sistemas de saúde universais, como o SUS no Brasil, o subfinanciamento crônico limita a qualidade e o acesso.
    • O desafio para essas economias é aumentar o investimento em saúde de forma sustentável para atender às necessidades de suas grandes populações.

    Ranking principal

    nº 1 Estados Unidos $10,705

    Os Estados Unidos lideram o ranking com o maior gasto per capita em saúde do mundo. Esse valor elevado é impulsionado por um sistema complexo que mistura provedores públicos e privados, altos custos de tecnologia médica, preços elevados de medicamentos e despesas administrativas significativas. Apesar do enorme investimento financeiro, o país enfrenta desafios em termos de acesso universal e resultados de saúde, que nem sempre superam os de outras nações desenvolvidas que gastam menos. O debate sobre a eficiência e a equidade do sistema de saúde americano é contínuo, com o alto custo sendo um ponto central de discussão política e social.

    nº 2 Tchéquia $9,132

    A Tchéquia se destaca com um dos maiores gastos em saúde por pessoa, refletindo um forte compromisso com seu sistema de saúde universal. O sistema é baseado em seguro de saúde obrigatório, cobrindo a grande maioria da população. Após a transição do comunismo, o país realizou reformas significativas para modernizar sua infraestrutura de saúde e melhorar a qualidade do atendimento. O alto valor de gastos pode ser atribuído a investimentos contínuos em tecnologia, acesso a uma ampla gama de serviços e esforços para alinhar seus padrões de saúde aos de outras nações da União Europeia.

    nº 3 França $9,075

    A França é reconhecida por ter um dos sistemas de saúde mais abrangentes e de alta qualidade do mundo, financiado em grande parte pelo seguro de saúde estatutário do governo. Os altos gastos por pessoa garantem uma cobertura quase universal, liberdade de escolha de médicos e hospitais, e acesso a cuidados avançados. O sistema francês é frequentemente elogiado por seus bons resultados de saúde e pela satisfação dos pacientes, embora enfrente desafios contínuos relacionados à sustentabilidade financeira diante do envelhecimento da população e dos custos crescentes da tecnologia médica.

    nº 4 Alemanha $9,075

    A Alemanha possui o sistema de saúde universal mais antigo do mundo, baseado em um modelo de seguro de saúde obrigatório. Seus altos gastos por pessoa refletem uma cobertura abrangente, uma densa rede de hospitais e médicos, e acesso rápido a tratamentos especializados e tecnologias inovadoras. O sistema alemão é caracterizado por sua natureza descentralizada e pela competição entre os fundos de seguro de saúde. O envelhecimento da população e o aumento dos custos de tratamentos crônicos são os principais desafios que impulsionam os gastos no país.

    nº 5 Romênia $9,018

    A presença da Romênia entre os cinco primeiros pode parecer surpreendente, mas indica um esforço significativo para melhorar e modernizar seu sistema de saúde, especialmente após sua entrada na União Europeia. O valor pode refletir um aumento nos investimentos públicos e privados, bem como um alto gasto direto do bolso dos cidadãos para acessar serviços. O país tem trabalhado para reformar seu sistema, que historicamente enfrentou desafios de subfinanciamento e infraestrutura inadequada, e os números atuais podem sinalizar uma fase de transição e investimento intensivo no setor.

    nº 84 Brasil $1,991

    O Brasil figura na 84ª posição, com um gasto por pessoa significativamente menor em comparação com os países no topo da lista. Este valor reflete os desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que, apesar de garantir o acesso universal à saúde como direito constitucional, lida com subfinanciamento crônico e grandes desigualdades regionais. O investimento limitado por cidadão impacta a qualidade dos serviços, a infraestrutura hospitalar e gera longas filas de espera para procedimentos. O contraste entre o Brasil e os países mais ricos evidencia a dificuldade de financiar um sistema de saúde abrangente em uma economia emergente com vastas dimensões territoriais e populacionais.

    ClassificaçãoNomeIndicador
    nº 1
    Estados Unidos
    $ 10.705
    nº 2
    Tchéquia
    $ 9.132
    nº 3
    França
    $ 9.075
    nº 4
    Alemanha
    $ 9.075
    nº 5
    Romênia
    $ 9.018
    nº 6
    Bélgica
    $ 8.813
    nº 7
    Dinamarca
    $ 8.658
    nº 8
    Japão
    $ 8.632
    nº 9
    Luxemburgo
    $ 8.534
    nº 10
    Nova Zelândia
    $ 8.018
    nº 11
    Áustria
    $ 7.962
    nº 12
    Suíça
    $ 7.863
    nº 13
    Taiwan
    $ 7.652
    nº 14
    Noruega
    $ 7.515
    nº 15
    Lituânia
    $ 7.498
    nº 16
    Polônia
    $ 7.109
    nº 17
    Austrália
    $ 7.013
    nº 18
    Coreia do Sul
    $ 6.903
    nº 19
    Países Baixos
    $ 6.878
    nº 20
    Croácia
    $ 6.807